quinta-feira, 5 de abril de 2012

OS CAVALEIROS DE MALTA

HISTÓRIA DE MALTA: Em 1530, os Cavaleiros de São João, expulsos de Rodes pelos Turcos Otomanos, receberam Malta para se instalarem. Continuaram em guerra com os Turcos, a quem consideravam infiéis e, portanto, inimigos. Em 1565 o sultão otomano Solimão, o Magnífico, ordenou um ataque a Malta numa tentativa de exterminar a Ordem. Uma grande frota turca, com quatro vezes o número de homens ao dispor dos defensores, cercou a ilha em Maio. A luta manteve-se acesa até Setembro, mês em que os Turcos se retiraram, severamente abatidos.

A cidade ficou concluída em 1568, já depois da morte de La Valette. O seu sucessor, Pietro del Monte continuou o trabalho já começado. Em 1571, o quartel da Ordem foi transferida de Birgu para Valeta. O arquitecto Laparelli deixou Malta em 1570, sendo substituído por Gerolamo Cassar, que tinha passado largas temporadas em Roma, e por isso estava bem informado sobre os estilos arquitectónicos mais vanguardistas. Foi responsável pela construção da Sacra Infermeria, a Igreja de São João, o Palácio do Grão-Mestre e sete albergues (local onde ficavam hospedados os Cavaleiros da Ordem). Durante o século XVI a cidade cresceu muito, tanto em termos populacionais, pois muitas pessoas de toda a ilha deslocavam-se para lá com o intuito de aí ficarem mais seguras devido à fortaleza que rodeava a cidade, como também em termos de património; Cassar ergue diversos palácios e igrejas em estilo Maneirista.
Valeta tornou-se num importante centro estratégico no Mediterrâneo; a posição geográfica e a cidade fortificada foram muito importantes no que diz respeito à estratégia militar no sul da Europa e norte de África. O planeamento urbano da cidade estava muito virado para a defesa da mesma. Baseada numa malha urbana mais ou menos uniforme, à medida que se vai aproximando do extremo da península as ruas são bastante inclinadas; as escadas nessas ruas têm degraus bastante diferentes do habitual, pois eram destinados a facilitar a movimentação dos Cavaleiros da Ordem com as suas armaduras bastante pesadas.
Mais tarde, foi a partir da cidade que Napoleão atacou a Ordem, obrigando o Grão-Mestre Ferdinand von Hompesch, que lhe teria dado porto-salvo para reabastecer os navios enquanto se dirigia para o Egipto, a capitular.

Já no século XX, a cidade sofreu mais um cerco. Desta vez foi durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido fortemente bombardeada, ficando parcialmente destruída. No pós-guerra, a cidade recuperou rapidamente; nos dias hoje ainda se podem observar as marcas deixadas por essa época. A população da cidade decresceu severamente nessa época, pois as pessoas deslocavam-se para a periferia onde nasciam casas modernas em novos aglomerados urbanos; a cidade ficou reduzida a cerca de 9 000 habitantes.



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